2 - Os neoschumpeterianos e os regulacionistas

Os chamados autores neoschumpeterianos retomam essa concepção, dando maior ênfase ao estudo da mudança tecnológica em si. Admitindo, implicitamente, como dado o nexo causal entre inovação e ciclos econômicos, procuram identificar os padrões de regularidades no processo de inovação tecnológica. Para esses autores, o agrupamento de inovações, em um momento particular, tem menos a ver com o comportamento de imitação dos empresários em relação ao líder do que com o fato de se processarem dentro da mesma lógica.

Todas as análises apontam que, em dado período histórico, existem certas tecnologias básicas em torno das quais tende a organizar-se o conjunto da produção ou, pelo menos, diversos setores dela. No mesmo paradigma, Freeman sugere a possibilidade de ocorrência de inovações incrementais, que conduzem ao aperfeiçoamento de produtos ou serviços, e as inovações radicais, que provocam descontinuidades em um setor particular, com possíveis deslocamentos de firmas — por exemplo, a introdução de um novo material na indústria têxtil.



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