3 - Políticas de Inovação

As políticas de inovação, tal como a expressão é entendida, surgem nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE no final dos anos 1970, do século XX, como um dos instrumentos utilizados pelos governos para superar a crise econômica e resguardar a posição dos parques industriais, na divisão internacional do trabalho. Ao contrário das políticas tecnológicas tradicionais, C&T passa a ser vista dentro de um quadro mais sistêmico, em que seu papel está primordialmente ligado à manutenção da competitividade internacional das empresas nacionais, públicas ou privadas. Além disso, o crescimento deixa de ser percebido como vinculado automaticamente à pesquisa científica, para depender do domínio de um sistema técnico, que se nutre largamente de fatores sócio-organizacionais.


A discussão da inovação técnica, como elemento da dinâmica industrial, nasceu com Schumpeter, em sua Teoria do Desenvolvimento Econômico, que dedicou a sua vida a compreender o funcionamento do capitalismo. Posteriormente, o tema continuou a ser estudado, mas em uma linha marginalizada da pesquisa econômica.

Em fins dos anos 60 do século XX, os estudos sobre inovação foram retomados mais intensamente pela necessidade prática de avaliar as políticas tecnológicas e determinar os retornos e benefícios que os gastos públicos em pesquisa e desenvolvimento traziam, efetivamente, à economia e à sociedade como um todo.



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