Resumo

A crise econômica da década de 1970 e a aceleração do progresso tecnológico recolocam a necessidade de reestudar os mecanismos do desenvolvimento capitalista.

Para Schumpeter, o termo desenvolvimento indica a transformação qualitativa endógena do sistema econômico, ou seja, de condições internas ao próprio desenvolvimento.

As inovações tecnológicas seriam de cinco tipos: um novo bem, um novo método de produção ou de comercialização, abertura de novo mercado, surgimento de nova fonte de matérias-primas ou insumos e reorganização de uma indústria.

A política de inovação supõe um elenco de atores, instituições e problemas bem mais amplos; que vai da indústria e do sistema bancário à atividade profissional e mesmo à cultura técnica. A OCDE afirma “a necessidade de integrar as políticas científicas e tecnológicas aos outros aspectos da ação governamental, em particular as políticas econômica, industrial, energética e social, políticas para a educação e mão de obra".

O Estado não permanece alheio ao processo de reestruturação. Ao contrário, assume papel ativo na definição dos novos padrões de acumulação, curiosamente no momento em que muito se fala da retração do Estado na economia.

As políticas foram divididas em três grandes categorias de medidas, que, na realidade, não são separadas, mas se interpenetram. São relacionadas: ao investimento e ao financiamento das atividades de pesquisa e desenvolvimento, à aquisição e difusão do saber técnico, por meio da sociedade, e às condições gerais de competição.

Fatores básicos das políticas de inovação: a aceleração da rotatividade dos insumos tecnológicos nos produtos e o valor de mercado crescente da ciência básica permitem que tais instituições encontrem fundos complementares para seu financiamento.

Outro sustentáculo das políticas de inovação são as novas relações entre as instituições públicas de ensino e pesquisa e a indústria, para contribuírem mais diretamente no processo de inovação.



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