1 - Controle e disciplina fabris

Com a Revolução Industrial, o surgimento das fábricas trouxe a exigência de um tipo de trabalhador que se adaptasse ao mundo fabril.

A fábrica moderna nasce do controle e da disciplina fabris. É com o taylorismo/fordismo que tais regras são aprimoradas. A invenção da máquina de fiar algodão, por Arkwright, é o exemplo.

Atualmente, com o surgimento das novas formas de gestão do trabalho, principalmente as inspiradas no modelo japonês que, para alguns, constituem “novo paradigma”, reacendem-se os debates em torno do controle sobre os trabalhadores. Para alguns autores, esses novos métodos intensificam o mesmo controle existente no modelo taylorista/fordista, apenas com roupagem menos autoritária.

O pressuposto dessa tese é que, dentro da fábrica, se estabelece a principal disputa entre capital (patrões) e trabalho (empregados), cujo elemento central é o controle sobre os processos de trabalho.

É possível diferenciar três formas de controle:

1) a coerção personalizada, quando o controle se dá de forma direta.
2) o controle técnico, quando a própria maquinaria dirige o processo de trabalho, impondo o seu ritmo de produção e os movimentos corporais do operário.
3) o controle burocrático, que se refere às normas e as regras escritas.

De forma geral, nas organizações, observa-se que os três tipos de controle se combinam e se articulam.


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