A tecnologia computadorizada seria utilizada como meio de se poupar mão de obra e de se elevarem a produtividade e a qualidade do produto.

Nessa perspectiva, ressaltam-se os aspectos negativos associados à produção flexível, no que diz respeito à situação do trabalhador, entre eles:

  • altos índices de desemprego;
  • crescimento do trabalho em tempo parcial e do trabalho temporário ou subcontratado;
  • ausência ou ganhos modestos de salários reais;
  • enfraquecimento do poder de barganha dos sindicatos.

Os críticos às novas propostas do chamado “pós-fordismo” apontam:

  • rápido crescimento da economia informal, mesmo em países industrialmente avançados;
  • retorno do trabalho doméstico familiar artesanal, que implicaria o ressurgimento de práticas mais atrasadas de exploração;
  • solapamento da organização dos trabalhadores.

O debate em torno da questão da ruptura ou continuidade do modelo fordista de produção não pode, no entanto, ser abordado em termos de oposição (ou a favor ou contra). Em relação ao uso e gestão da força de trabalho - mesmo admitindo-se os limites restritos de participação dos trabalhadores -, há que se reconhecer que as novas formas de gestão valorizam sua capacidade de expressão; isso, por si só, constituiria mudança significativa das maneiras fordistas de gestão.


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