Nesse quadro de crise, como soluções alternativas para o problema da qualidade e da produtividade, passaram a ser tomados como modelos especialmente o caso japonês, o sueco na produção em média série, o italiano e o alemão. Esses paradigmas trouxeram novas estratégias de sobrevivência no mercado, por serem capazes de produzir a baixos custos, com qualidade assegurada e flexibilidade de oferta (diversidade e rapidez).

Observou-se que, para tais países servirem de exemplo para outras economias, seriam necessárias não apenas mudanças de nível tecnológico, mas, principalmente, novas formas de organização do trabalho, novas estruturas organizacionais e novos padrões de relações interfirmas.

Tal processo contribuiu para dar origem a novo padrão de desenvolvimento do capitalismo e de organização da produção, o qual vem sendo chamado pelos estudiosos de pós ou de neofordismo, de acumulação flexível, especialização flexível, modelo japonês.

As novas propostas gestacionais buscam o crescimento da competitividade por meio de novas formas de ganhos de produtividade, aliados à flexibilidade da produção. Tudo com vistas à adequação do aparelho produtivo às novas exigências do mercado de muita produção e pouco consumo; da concorrência não só nacional, mas principalmente internacional, com produtos de qualidade e em constante inovação.

Conforme a capacidade de inovar produtos e processos, transformou-se em diferencial estratégico para as empresas. No entanto, essa reestruturação produtiva, antes de ser processo homogêneo, é movimento que comporta diferentes estratégias ou modos de uso de força de trabalho, distintos ritmos na incorporação de tecnologias, variadas formas de segmentação da força de trabalho e desiguais modos de se solicitarem as qualificações. Muitas vezes combinam-se processos tayloristas/fordistas com novas propostas.



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