3 - Gestão Participativa - GP


Entende-se por Gestão Participativa - GP as situações nas quais os trabalhadores, diretamente ou por delegação, são investidos da capacidade de decisão na organização do trabalho e, eventualmente, nos procedimentos administrativos e comerciais; mais raramente, na condução geral da empresa ou da instituição.

Pode-se analisar a GP por dois ângulos:

  • Primeiro: pode resultar das iniciativas e das pressões dos produtores diretos e das entidades representativas. É uma conquista que amplia a intervenção dos trabalhadores na questão do poder, da autoridade, do controle e da produção.
  • Segundo: é possível resultar de estratégias patronais que, por meio de pequenas concessões, obtêm a redução dos conflitos e o maior envolvimento e dedicação dos trabalhadores, o que resulta em ganhos de produtividade.

As iniciativas dos assalariados, em relação à participação na gestão das empresas, têm como referência o ideal da autonomia. Aberta uma brecha no sistema de poder, os trabalhadores querem, invariavelmente, ampliar o seu espaço. Do seu lado, o patronato concebe a gestão participativa dentro de marcos predeterminados, estáveis e controláveis. No modelo produtivo que se delineou, a partir dos anos 1980, observa-se a supremacia da GP instrumentalizada pelos interesses patronais, como forma de aumentar a eficiência e a racionalidade. Consequentemente visam os lucros, por meio de discursos que atraem os trabalhadores e os "convidam" a "colaborar".



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