1 - Modelo Japonês - MJ

Nos anos de 1980, a expressão “modelo japonês” começou a ser usada com grande frequência em seminários e publicações. A expressão tentava resumir o conjunto de técnicas de organização da produção e do trabalho industrial, de práticas administrativas, relações de trabalho e princípios de gestão da empresa, associados a ganhos crescentes de produtividade, atingidos pelo sistema produtivo do Japão, após a Segunda Guerra Mundial.


Englobam-se à noção do “modelo japonês” a dimensão abstrata, fundamentos da cultura oriental em relação à cultura ocidental; os procedimentos práticos pontuais de fragmentação, de operações e de administração de estoques em empresas importantes, bem como os ganhos de produtividade industrial de produção seriada. Além disso, os arranjos institucionais e políticas públicas, que dão sustentação ao desempenho da economia japonesa.

Em um primeiro momento, a indústria dos países avançados obstinou-se na busca pela automatização, visando recuperar sua competitividade. O alto custo em investimentos e os insatisfatórios resultados obtidos reforçam a percepção de que o diferencial de produtividade em favor do Japão - em diversos segmentos estratégicos do mercado mundial, como o automobilístico - não se deve a maior intensidade em capital ou a tecnologias mais avançadas. A resposta, então, não estaria exclusivamente no desenvolvimento tecnológico, mas na organização da produção e do trabalho. Ali estava a chave explicativa do sucesso nipônico.



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