2 - O Modelo Japonês em outros contextos culturais

O tratamento que se der à experiência japonesa apresenta dois riscos:

Primeiro: tomar-se aquela realidade nacional como objeto de interesse em si, descolando-a sem qualquer questionamento sobre sua adaptabilidade ou incidência sobre outros contextos.

Segundo: apanhar-se o exemplo japonês como “pacote” desejável e passível de “transferência” ou, inversamente, distante e sem validade prática para outras configurações produtivas e culturas.

O tratamento mais rico parece ser aquele que articula a irredutibilidade da experiência concreta japonesa com preocupação quanto às possibilidades de disseminação, indução, adaptação e recriação de algumas práticas e princípios em outros contextos. Isso ocorre entre as noções de japonização e toyotismo.

Mesmo com tal distinção, muitos são os elementos alternativos que podem estar sendo evocados, quando se menciona que o modelo japonês está sendo implementado em algum caso concreto, o que torna a noção frágil, devido à ausência de hierarquização entre essas diversas dimensões.



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