3 - Modelo Italiano - MI

Entre o início dos anos de 1970 e a metade da década 1980, a Itália teve a mais alta taxa de crescimento das quatro grandes economias europeias, e passou a deter o quarto maior Produto Nacional Bruto – PNB dos países capitalistas. O papel das pequenas empresas nesse desempenho é pronunciado: entre 1972 e 1980, as firmas com 20 a 100 empregados aumentaram sua participação na produção nacional de 31% para 34%.

No período, a razão capital fixo/por empregado nas empresas desse porte deixou de ser 3% inferior para se situar 16% acima do índice das firmas com mais de 500 empregados.

O sucesso do país, a partir de 1970, pode ser compreendido como resultado de um processo de resposta à crise que, nas principais economias do mundo, marca aquela conjuntura. O fato levou os teóricos das organizações a considerarem “modelo italiano” ao conjunto de características da experiência produtiva que, a partir da década de 1970, tem possibilitado grande dinamismo à economia italiana, principalmente a região centro-norte da Itália.


O exemplo da Itália serviu, sobretudo nos anos 80, como contraponto à suposta inevitabilidade da difusão do chamado “modelo japonês”. Os analistas apontam, como principais elementos distintivos da experiência italiana,

Primeiro: a ruptura mais pronunciada relativamente ao paradigma de produção em massa.

Segundo: a estrutura industrial mais horizontalizada, com base em pequenas empresas articuladas em sistemas autocêntricos.



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