As
propostas se apoiam em dois pressupostos. O primeiro indica que:
• Não
há necessidade de coagir, de controlar as pessoas para
que elas desempenhem satisfatoriamente suas funções, pois
elas próprias desejam realizar-se e alcançar metas, influenciar
nas atividades e desafiar suas habilidades.
• A
tendência à valorização do trabalho
poderia ser expressa, também, no princípio que enfatiza
a necessidade da instituição de programas de educação
e autoaprimoramento. Isso porque, segundo a visão dos teóricos
da Qualidade Total, a organização não apenas precisa
de gente boa, mas quem se aprimore sempre... e, ainda, de pessoas que
queiram mais do que dinheiro, e sim oportunidades crescentes de contribuir
com algo à sociedade.
A proposta é de transformação cultural que atingiria
a empresa como um todo, incluindo a esfera gerencial e a alta gerência.
Defende a:
• redução
dos níveis hierárquicos de descentralização
e de autogerenciamento de departamentos, setores, áreas, agências;
• delegação de tarefas e o compartilhamento de responsabilidades;
• circulação de informações (o negócio,
a missão, os objetivos);
• divulgação e conhecimento amplo dos planos da
empresa;
• transparência nas decisões.
O segundo pressuposto
implica que as transformações no mundo do trabalho, nos
valores e na mentalidade das pessoas, geradas pela busca da qualidade,
assumiriam dimensão universalizante, capazes de desencadear mudanças
na própria sociedade.
Tratar-se-ia, pois, de processo de racionalização que ultrapassaria
os limites da fábrica, ou seja, a felicidade no trabalho estimularia
as pessoas a canalizarem seu potencial mental para o benefício
da sociedade. Cumprir-se-ia, assim, o ideal fordista de ser a fábrica
- pela difusão de conduta metódica de trabalho - o princípio
irradiador de novos padrões de sociabilidade, que orientariam para
a conduta metódica de vida. A racionalização vivenciada
no mundo das organizações expande-se para a vida social
como um todo.
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