3 - Valor-trabalho

Segundo Marx, o valor de qualquer mercadoria é, de modo geral, determinado pela quantidade de trabalho social média nela contida. É o que chama de valor-trabalho. Toda mercadoria leva um tempo para ser produzida. O tempo que o trabalhador leva para produzi-la determina, portanto, o valor da mercadoria.

É importante não confundir valor com preço. O valor é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para produção da mercadoria, enquanto no cálculo do preço de uma mercadoria outras variáveis interferem (como os outros insumos da produção, mecanismo da lei de oferta e procura, etc.).

Quando Marx formulou suas teses sobre o valor da mercadoria relacionando-o ao trabalho humano, tinha em mente que:


1) Todas as mercadorias são fruto do trabalho humano.

2) O cálculo do valor da mercadoria é igual ao tempo de trabalho necessário para sua produção.

3) A força de trabalho, no capitalismo, é uma mercadoria, mas é uma mercadoria diferente: é ela que dará vida a todas as demais mercadorias. As máquinas, quando estão em processo produtivo, nada mais fazem do que transferir valor cristalizado (ou trabalho morto, nas palavras de Marx) e não criam valor novo.

De fato, basta lembrarmos que o local onde se compra e se vende força de trabalho é chamado “mercado de trabalho”.

O valor do trabalho pode ser medido como o valor de qualquer mercadoria. O salário pago pelo capitalista ao trabalhador assalariado, como contrapartida da força que este último lhe vende, equivale à quantidade de trabalho social necessário para produzir mercadorias indispensáveis à vida do trabalhador e de sua família. O trabalho humano é pago pelo seu valor, de acordo com a lei geral do valor aplicável a todas as mercadorias.



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