As empresas estão ameaçadas de perderem as contribuições intelectuais das pessoas, e de terem profissionais que entreguem somente o suficiente, e não o extraordinário. Pressionados por um mercado cada vez mais competitivo e recessivo, as propostas das novas tecnologias de gestão podem declinar. E a criatividade e a motivação dos funcionários decrescerem.

Algumas empresas acreditam que são ilhas de bem-estar. É possível que não estejam enxergando o problema. “Não percebo uma insatisfação coletiva”, diz Elisabete Murad, diretora de recursos humanos da Xerox - companhia que passou por profunda reestruturação em seus negócios mundiais, demitindo 12.000 funcionários, sendo 3.100 deles na subsidiária brasileira. “Não há dúvida de que o executivo é mais exigido hoje. Mas as pessoas querem o desafio e continuam encontrando aqui oportunidades de desenvolvimento, reconhecimento e valorização.”

Outras companhias diagnosticam o problema, mas não sabem o que fazer. “Mais gente tem me procurado para falar sobre desempenho, e está ficando mais difícil gerenciar as expectativas”, diz Mário Fleck, presidente da consultoria Accenture.

Apresentada a questão desse modo, parece que as empresas de repente se tornaram más e os executivos são suas vítimas. Não é assim. O que acontece hoje é consequência de um conjunto de mudanças pelas quais vem passando o mundo das organizações.



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