Historicamente, o capitalismo teve que revolucionar constantemente as forças produtivas, bem como as próprias relações sociais de produção. O desemprego estrutural desde o fim de século demarca não apenas o aumento do exército de reserva, mas especialmente o excedente de trabalhadores, ou seja, a não necessidade, para a produção de milhões de trabalhadores.


A tecnologia está substituindo a principal força produtiva: o trabalhador. Em consequência, milhões de trabalhadores perdem seus empregos em toda parte de mundo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o desemprego e o subemprego atingem cerca de 1 bilhão de pessoas só na periferia do capitalismo.

O desemprego, no entanto, não atinge exclusivamente os trabalhadores não qualificados. Os trabalhadores qualificados também continuam perdendo seus empregos. Na Alemanha, atualmente, quase um milhão de operários qualificados e 75.000 engenheiros, economistas de empresa, físicos e químicos na sua maioria com menos de 35 anos de idade, estão sem emprego.

O desemprego dos trabalhadores qualificados triplicou em dez anos.


  • 75% das alemãs que se formam só encontram trabalho pouco ou não qualificado.
  • Na França, 25% dos novos desempregados fizeram pelo menos dois anos de estudos superiores.
  • Nos Estados Unidos e na Inglaterra, 30% dos estudantes que vão se graduar engrossarão diretamente as fileiras dos desempregados ou subempregados.
  • Atualmente, 90% dos empregos criados são precários, em tempo parcial e com salário parcial (contra 65% durante os anos 90).

O núcleo representado pelos trabalhadores estáveis, permanentes, não cessa de diminuir, enquanto o número de trabalhadores precários, terceirizados, em tempo parcial, cresce a cada dia. Esse quadro expressa bem a crise estrutural vivida pelo capital.



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