Empresas como a Nike pagam às trabalhadoras um salário mensal de US$ 38. O mesmo ocorre com outras empresas como Walmart, Kmart e Sears, em Bangladesh, que pagam às trabalhadoras, por uma jornada de trabalho de 60 horas semanais, um salário mensal de US$ 30.

A Sony informou, em outubro de 2003, que cortará 13% de seu quadro de funcionários em todo o mundo, o equivalente a cerca de 20 mil pessoas, ao longo dos próximos três anos. Só no Japão serão fechadas mais de 7000 vagas, as outras 13 000 serão distribuídas por suas filiais em todo mundo.
O objetivo dessas demissões é ganhar competitividade. Divisões serão integradas, e cargos que se sobreponham, eliminados. Além disso, a Sony formará uma joint venture com a sul-coreana (e concorrente) Samsung para a produção de telas de cristal líquido.

A Sony planeja trabalhar com uma margem de lucro de 10%. Hoje, devido à acirrada competição e aos elevados estoques, essa margem está em 2,5%.

Em abril de 2003, a empresa surpreendeu os investidores de todo o mundo depois de ter relatado um prejuízo de quase 1 bilhão de dólares no primeiro trimestre do ano.

Ao contrário do que prenunciam alguns entusiastas do fenômeno da globalização, intensificam-se as contradições de classes e a anarquia na produção, que se expressam nitidamente nas formas antediluvianas de superexploração, bem como no desemprego estrutural, na desregulamentação das conquistas históricas dos trabalhadores, no trabalho em tempo parcial, na precarização das condições de trabalho em tempo parcial, e na miséria crescente e pauperização crônica – que grassam desde os países centrais aos países periféricos. Para manter-se, o capital cria também outras formas de controle social, tais como: controle efetivo da produção, controle dos tempos e movimentos, novas formas de gestão da força de trabalho, flexibilização do trabalho, reestruturação produtiva (CCQ, TQC, JIT, KAIZEN, KANBAN, gestão participativa, trabalho em grupo, etc.).



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