5 - Filosofias do planejamento

Filosofias de planejamento são pressupostos nos quais se fundamentam os procedimentos para o planejamento.

Ackoff (1974) indica três tipos de filosofias de planejamento:

1) da satisfação;
2) da otimização;
3) da adaptação.

Apesar de, geralmente, haver certa mistura das filosofias, poderá existir a predominância de uma delas.


Filosofia da satisfação - refere-se aos esforços para atingir o mínimo de satisfação e não necessariamente para extrapolá-lo (o tomador de decisões estabelece o nível mínimo necessário da satisfação). Por isso, ela não significa distanciamento das práticas já existentes na empresa. Devido às resistências que podem surgir, as estruturas não são alteradas e os planos terão poucos recursos. Assim, muitas oportunidades não serão aproveitadas porque não foram exploradas alternativamente.

 


Há preocupação quanto ao aspecto financeiro (ênfase no orçamento e nas suas projeções). Os demais aspectos do planejamento de recursos (humanos, equipamentos, materiais e serviços) ficam em segundo plano porque está subentendido que, com suficiente quantidade de recursos monetários, o restante pode ser obtido. Normalmente, é feita apenas uma projeção para o futuro, desconsiderando outras possibilidades. As empresas mais voltadas para a sobrevivência do que para o crescimento/desenvolvimento são adeptas dessa filosofia.

O ponto de partida do processo de planejamento é a definição de um pequeno número de objetivos factíveis e aceitáveis, que podem ser de desempenho quantitativo ou qualitativo, advindos de consenso político entre os vários núcleos de poder da organização.


A vantagem dessa filosofia é a rápida realização do processo de planejar, a baixo custo e com pequena exigência de capacitação técnica. Assim, pode ser muito útil quando a empresa inicia o aprendizado do processo de planejar.



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