Resumo

Se o crescimento econômico é muito rápido, o BC irá implementar uma política monetária restritiva com objetivo de desaquecer a economia e reduzir pressões inflacionárias. Inversamente, se o crescimento econômico é muito lento, o BC irá utilizar política expansionista que aumente a demanda agregada, via investimento, aqueça a economia e reduza o desemprego.

Para atingir seus objetivos, o BC pode – no caso de uma política restritiva – vender títulos do governo, aumentar o requerimento legal de reservas e aumentar a taxa de redesconto. Todos esses instrumentos reduzem a oferta de moeda, elevam juros, reduzem investimento e produto.

Duas considerações cabem aqui:

a) Uma política monetária restritiva é mais eficiente do que uma política monetária expansionista. No primeiro caso, basta o BC vender a quantidade desejada de títulos que o resultado aparece. No caso do segundo, o BC pode recomprar títulos dos bancos comerciais, mas nada garante que estes bancos consigam emprestar todo o dinheiro em excesso que terão.
b) Existe um intervalo de tempo da implementação da política monetária até seus efeitos sobre o PIB começarem a ser percebidos. O processo de mudança nas taxas de juros toma tempo e, portanto, passa a ser muito importante o BC julgar corretamente quais serão as condições econômicas futuras ao decidir que política adotar, bem como a dosagem da política.

Outro aspecto digno de nota é o de que a política monetária é de reação, isto é, ela é utilizada como forma de reação ao ciclo econômico. Os técnicos do governo, que tentam prever os ciclos, indicam o que virá pela frente, em termos de recessão ou inflação. Com base nos acontecimentos esperados, o BC toma suas decisões de política monetária para tentar reduzir os efeitos indesejáveis dos ciclos econômicos – afinal de contas, tanto inflação como recessão/desemprego produzem efeitos indesejáveis.



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