4 - Estoque de Segurança

No âmbito da administração de estoques, já dimensionamos os tamanhos dos lotes e a forma de reposição dos estoques do sistema de produção, porém, para completar esta administração, há a necessidade de estabelecermos os níveis dos estoques de segurança do sistema.

Esses estoques são projetados para absorver as variações na demanda durante o tempo de ressuprimento, ou variações no próprio tempo de atendimento, dado que é apenas durante este período que os estoques podem acabar e causar problemas ao fluxo produtivo.

Quanto maiores forem estas variações, maiores deverão ser os estoques de segurança dos sistemas. Na realidade, os estoques de segurança agem como amortecedores para erros associados ao lead time interno ou externo dos itens. Estes erros fazem que os tempos de espera e as demandas sejam muito variáveis, impossibilitando o funcionamento do modelo de controle de estoque sem segurança. Atualmente, as filosofias de produção, nos moldes Just In Time (JIT) que serão estudadas posteriormente, propõem a redução da segurança entre os processos como forma de identificação dos problemas que devem ser solucionados para obtenção da eficiência produtiva. A ênfase é na prevenção dos erros, e não na correção por meio dos estoques de segurança.

Convencionalmente, a determinação dos estoques de segurança leva em consideração dois fatores que devem ser equilibrados: os custos decorrentes do esgotamento do item e os custos e manutenção dos estoques de segurança. Quanto maiores forem os custos de falta atribuídos ao item, maiores serão os níveis de estoques de segurança que nos dispomos a manter, e vice-versa.

Podemos calcular os custos de manutenção de um certo nível de estoque de segurança atribuindo-lhe uma taxa de encargos financeiros (I), de outra forma, o custo de falta, na prática, não é facilmente determinável, o que resulta nas decisões gerencias serem tomadas em cima de um determinado risco que queremos assumir, o que indiretamente significa imputarmos custo de falta ao item.



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