Lemos que na década de 1970 ressurge, com força, as ideias monetaristas, as quais retomando Hayek e a mais que famigerada Escola de Chicago advogam pelo livre mercado e pela ideia de um Estado Mínimo.

A década de 1970 passa pelas duas famosas crises do petróleo (1974 e 1979) e assiste à inflação e ao déficit público serem constantemente apontados como fatores nocivos ao equilíbrio econômico.

Friedmann desponta, então, no horizonte como o supremo referencial dos monetaristas, pregando a tese do Estado mínimo, e, ao que parece, elegendo como bode expiatório de toda a “crise” a dificuldade dos governos em controlar a moeda. Ou seja, os governos deveriam garantir a estabilidade e promover a segurança. E ficamos nós, leigos e ignorantes, a pensar como a ideia de um “Estado mínimo” é compatível com a de um governo “garantidor da estabilidade e promotor da segurança”; como a tal da “moeda” é por vezes tratada como uma verdadeira hemorragia prestes a provocar a falência múltipla dos órgãos e, em outras tantas vezes, vista como a transfusão miraculosa que salva, in extremis, o moribundo do caixão.

Tudo para nós, parece resumir-se em um duplo esforço de irrigação e drenagem... para nós faria mais sentido mudar o nome do Banco Central para algo como “Agência Nacional de Irrigação e Drenagem Monetária”. A partir dessa nova perspectiva, ficaria muito mais fácil para nós, canalha ignara, compreendermos a tal política monetária.



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