"Se
você me perguntar se eu gosto da globalização,
eu vou dizer que também não gosto, não. Porque
acho que você perde uma porção de graus de
liberdade na política dos países. Mas ela é
um fato, um processo real que está aí e não
adianta se manifestar contra, não tem jeito" –
Fernando Henrique Cardoso, Folha de São Paulo,
19/05/98.
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"A grande discussão não é procurar outro
modelo, mas adotar medidas que tornem o modelo melhor. A globalização
é um fato da vida. O Brasil tem de se preparar para enfrentá-la.
Não só com uma visão econômica, mas
também com uma perspectiva humanista" – economista
João Paulo dos Reis Velloso, 66 anos, ex-ministro do Planejamento
dos governos Médici e Geisel, Veja, 13/05/98.
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"Não sou contra estrangeiros, mas, que diabo, dá
uma chance para o brasileiro também crescer" –
Antônio Ermírio de Moraes, vice-presidente do conselho
do Grupo Votorantim, Carta Capital, 27-05-97.
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"Não sei quanto o governo botou no Econômico,
acho que US$ 4 bilhões ou US$ 5 bilhões. Agora vende
por meio bilhão. Quer dizer, o governo preparou a cama
para os espanhóis? Estão sorrindo de orelha a orelha.
Tudo bem." – Antônio Ermírio de Moraes,
vice-presidente do conselho do Grupo Votorantim, Carta
Capital, 27-05-97.
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"Queremos uma sociedade socialista e igualitária.
Este é um conceito doutrinário, não uma reivindicação.
Junta duas utopias realizáveis. O socialismo é igualdade,
é o ideal cristão. Vamos fazer isso mudando nossas
elites, que precisam deixar de ser subservientes. Tudo o que vêem
no exterior querem copiar. Não passam de lumpen, que ficam
pensando em como vão continuar mamando no Estado"
- João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST,
Veja, 3-06-98.
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Resgate da Dívida Social: Década Perdida
"Em termos da dívida social, a década está
perdida. A taxa de crescimento brasileiro é historicamente
muito alta até 1980, mas a partir daí está
nesse beco sem saída. Parece que Fernando Henrique quer
passar para a história como o homem que estabilizou o real,
a moeda. Isso não me parece uma imagem muito boa",
"Está pagando a dívida de uma maneira brutal
e ninguém mais fala sobre isso. Tudo isso faz dele (FHC)
um dos presidentes mais dependentes, que tem de polir a imagem
toda a hora".
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"Ele (FHC) deixou claro que iria seguir a agenda das instituições
financeiras internacionais. Pode-se perguntar se tinha ou não
uma escolha. Acho que ele tinha outra escolha. As consequências
da escolha que ele fez são bastante claras, e elas certamente
não lidam com os problemas de 90% da população
brasileira" – Noam Chomsky, linguista norte-americano,
em entrevista à revista República,
Maio 98.
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O Modelo Americano é uma Fraude
"Isso é fraude. Dê uma olhada nos números.
A população está crescendo, então
o crescimento parece muito maior do que o europeu. Mas se deve
olhar o crescimento per capita, que é o único número
que conta. E os custos para os trabalhadores norte-americanos
são severos: eles têm salários mais baixos,
mais horas de trabalho, menos segurança, menos benefícios
sociais. E isso é que deveria ser o milagre econômico"
– Noam Chomsky comentando o modelo norte-americano, em entrevista
à revista República, Maio 98.
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