4 - Educação No pensamento clássico, a Educação era considerada uma instituição política – um elemento da organização do Estado –, logo, a principal tarefa dos governantes era, justamente, propiciá-la aos cidadãos para que estes pudessem participar ativamente dos debates na Ágora.
Como bem observou Werner Jaeger (1989), na visão dos antigos gregos, o único saber que tem valor é o saber escolher, pois este dá ao Homem a capacidade de adotar a verdadeira decisão. O Bem viver e a felicidade dependem dessas decisões. É por isso que o cidadão deve empenhar-se em adquirir o saber que os capacita a tomar essas decisões. A ideia de paideia pressupõe a liberdade de opção – airesthai –, que está relacionada com a questão ética da reta conduta – prattein/praxis – e a liberdade de escolha – eklegesthai – que se relaciona à escolha dos meios para a consecução de um fim, as escolhas políticas que são deliberadas na Ágora. Esta era considerada
a principal virtude – a arethê –
de um regime político: a formação do cidadão.
A Educação, segundo Aristóteles, deveria inocular
nos cidadãos o amor às leis. Isto só poderia ocorrer
se as leis – elaboradas com a participação dos cidadãos
– estivessem enraizadas na virtude e nos costumes. Sem isso, as
leis se tornariam pura convenção e perderiam sua função
pedagógica como elemento de formação de cidadãos
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