O objetivo de uma empresa socialmente engajada é promover a universalização de valores como ética, desenvolvimento social, aumento nos índices de qualidade de vida por meio do trabalho. Estes valores, por conseguinte, devem fazer parte do cotidiano do trabalhador para este, verdadeiramente, perceber o real comprometimento da empresa com o discurso que prega. Qualquer programa de responsabilização social das empresas incapaz de explicitar, de forma clara e inequívoca, a coerência entre o discurso e a ação corre o risco de ser “desmascarado” como mais uma “estratégia de marketing”.

Uma empresa-cidadã não considerará apenas as questões sociais de forma “estratégica”. Ela irá, inclusive, considerar os aspectos estratégicos a fim de inovar processos e produtos organizacionais, bem como adequar sua atuação social ao seu core business, o que, certamente, trará as tais “vantagens competitivas”. A questão é saber conciliar o “apenas” com o “inclusive”.

Conciliar o “apenas” com o “inclusive” significa explorar o novo território da “Lógica do Terceiro Setor”. Dentro desta lógica, é possível conciliar os aspectos tradicionalmente inconciliáveis e irredutíveis da busca do lucro com a luta pelo bem-estar social. Atualmente, as esferas pública e privada já não são mais tão distantes e separadas quanto o foram no passado.



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