Vimos que a grande promessa da democracia foi nos dar o “máximo de liberdade com o mínimo de desigualdade” e que a democracia, no Ocidente, acreditou ser o modo de produção capitalista o meio adequado para atingir tais fins. Não cabe, aqui, discutir regimes políticos ou doutrinas econômicas, e sim pensar como dar efetividade a estas grandes “bandeiras”. Veja exemplo: o que é um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado? Bem, é certo que ninguém apontaria Cubatão como exemplo. Porém, se o “definitivamente não sadio e não equilibrado” é facilmente identificável e definível, ainda assim, a pergunta não foi respondida. É possível definir o belo dizendo que “belo é o que não é feio”, e definir o bem dizendo que “é aquilo que não é mal”?
Há alguns anos, o eucalipto era apresentado como solução quase miraculosa para o reflorestamento. Foi uma verdadeira febre. Algum tempo depois, muitos lençóis freáticos começaram a secar, pois as raízes profundas do eucalipto – árvore hidrófila – começavam a alcançá-los. Como podemos perceber, entre a utopia de uma sociedade ambientalmente sadia, com coleta seletiva, reciclagem do lixo, sistemas de filtragem dos gases tóxicos das chaminés etc., e a realidade que vivemos e que precisa ser melhorada, a distância é grande. |
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