Resumo

Os projetos são importante ferramenta de ação e vêm, nos últimos anos, tornando-se uma das mais importantes formas alternativas de implementação das políticas sociais.

Vemos emergir, atualmente, novas formas de organizações no seio da sociedade civil, buscando uma atuação mais direta nas questões sociais e também uma participação cada vez mais ativa na elaboração de políticas públicas. O desafio destas organizações é conseguir uma melhor articulação entre si e com o Estado no desenvolvimento de agendas de ação conjunta.

Neste cenário, podemos entender por que os projetos sociais vêm se tornando uma ferramenta de ação social capaz de provocar mudanças na esfera estatal e na sociedade civil, no que concerne à implementação das políticas sociais.

O primeiro passo para a elaboração de um projeto é diagnosticar uma determinada realidade social, identificando os contextos sociais, históricos e culturais que a envolvem, compreendendo as relações entre as instituições, grupos e comunidades, e, finalmente, planejar uma intervenção, considerando os limites e as oportunidades para a transformação social.

O desafio que se impõe é compatibilizar os interesses privados com o bem comum. Deve-se tentar, primeiramente, definir este termo por demais vago e impreciso: “bem comum”. Se perguntarmos aos “cidadãos comuns” o que é o tal do “bem comum”, certamente nos surpreenderemos com a diversidade de opiniões dadas. Mais surpresos ainda ficaríamos se consultarmos especialistas, os quais, possivelmente, também não conseguiriam chegar a um consenso que não aquele baseado no senso comum. A maior deficiência dos programas e projetos sociais apontada pelos avaliadores diz respeito à definição do problema a ser enfrentado, o qual será alvo da intervenção proposta pelo projeto, ou seja: a identificação, a caracterização e a delimitação do problema a ser solucionado ou da necessidade a ser satisfeita.

O planejamento de um projeto visando a solução de um problema ou a satisfação de uma carência social será eficaz apenas se partir de uma percepção acurada da realidade.

A caracterização e a delimitação do problema a ser resolvido ou da necessidade a ser satisfeita exigem uma prévia coleta de dados e informações, descritos em termos quantitativos e qualitativos. Para isso, é necessário o uso de indicadores.

Indicadores são parâmetros qualitativos e/ou quantitativos, utilizados para especificar em que medida os objetivos de um projeto foram alcançados. Eles expressam certos aspectos da realidade de maneira que possamos mensurá-los.

Os Indicadores identificam variáveis que mostram as transformações e/ou alterações nas situações ou estados que compõem a realidade sobre a qual o projeto se propõe a atuar.

Encontram-se envolvidos inúmeros atores e fatores na realidade com a qual lidamos nos projetos sociais, modelando suas relações e processos, tornando-a bastante complexa.

O propósito dos projetos sociais é justamente produzir mudanças dentro desta realidade complexa, nos pontos diagnosticados como problemáticos.



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