2 - Código de ética

O nosso cotidiano é, frequentemente, assaltado por problemas práticos e concretos, por situações que nos colocam diante de impasses e dilemas morais. Para efetuar escolhas – as quais pautam nossa conduta, nossas ações e nosso comportamento –, para tomar a melhor decisão possível diante de problemas – quase sempre, complexos e intrincados –, é necessário sabermos bem avaliar, permitindo deliberações adequadas e pertinazes.

O que é necessário para que isto ocorra? Como avaliar, julgar, deliberar, escolher e decidir, da melhor maneira possível, diante das circunstâncias que se apresentam, e para todos os envolvidos?

Acima de tudo, e em primeiríssimo lugar, necessitamos de critérios.

Somos, sem dúvida, seres relacionais, animais políticos, como nos definiu Aristóteles. Apartados uns dos outros, perdemos nossa humanidade. O homem, como ser relacional, apenas realiza sua existência no encontro com outros homens. As relações são inevitáveis para o homem. Nosso imaginário registra a presença de alguns mitos e lendas sobre crianças criadas na selva por lobos.

Até que ponto podemos sobreviver privados de todo o convívio humano? Qual o limite de nossa resistência? Ainda que isolados numa ilha deserta, levamos ou não, na memória, o registro de tudo o que aprendemos em nossa vida pregressa, todo o aprendizado, as técnicas mais primordiais que a humanidade levou anos, séculos, milênios para descobrir, inventar, desenvolver e aprimorar? Sem este conhecimento, a personagem da lendária ilha poderia ter sobrevivido? As relações são inevitáveis, ainda que os outros vivam apenas em nossa memória, em nossa consciência. A consciência que temos dos outros faz-nos conscientes de nós mesmos.

Se as relações são inevitáveis na vida do homem, os vínculos são, em muitos casos, um ato de escolha, em outros, uma imposição muitas vezes plenamente coercitiva.



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