| Resumo
Nos primórdios da civilização, os bens e serviços da economia eram trocados para consumo imediato, conforme as necessidades das pessoas. Com o tempo, esta forma de escambo se aperfeiçoa e passa a utilizar algumas mercadorias mais necessárias e estocáveis, como moeda, iniciando a era da mercadoria moeda. Esses produtos, aceitos sem grandes restrições, facilitam o comércio, aumentam o número de transações e diminuem os custos e as restrições impostas pelas necessidades individuais. Com o passar do tempo os comerciantes identificaram mercadorias que reuniam características vantajosas para o seu manuseio. Derivada de metais e com formato circular, a moeda metálica passou a ser reconhecida em todo mundo devido a estas características, quais sejam: valor intrínseco; dureza; raridade relativa; grande poder aquisitivo; grande valor – identidade; pequena variação de valor em relação aos outros bens; facilidade de reconhecimento; propriedades industriais e ponto de fusão elevado. Como a quantidade de moedas algumas transações dificultava
o manuseio e a sua validação dependia da análise
de peritos, os detentores de moedas passaram a deposita-las em bancos
recebendo certificados de depósitos. Esses papéis deram
origem à moeda de papel com lastro de depósito
em ouro como garantia. Observa-se que a moeda metálica continuou
a existir e existe até hoje sendo negociada por colecionadores
e muito requisitada em tempos de guerra. Para melhor entender as funções da moeda devemos acompanhar a evolução do sistema de pagamentos que utilizou a moeda de ouro, inventou o cheque e desenvolveu os sistemas eletrônicos atuais.
A introdução dos cheques foi uma importante inovação que melhorou a eficiência do sistema de pagamentos e iniciou a era do crédito. As vantagens são: diminuição da necessidade de movimentar dinheiro, redução dos custos, melhoria da eficiência econômica, possibilidade de emissão para qualquer quantia, minimização das perdas por roubo e validade como recibo. Por outro lado, há desvantagens: demora na compensação, custo de processamento e vulnerabilidade à falsificação e roubo. Sistemas de pagamentos baseados em transações eletrônicas existem há algum tempo e têm sido desenvolvidos pelos Governos para diminuir riscos e aumentar a velocidade e transparência das transações. O Sistema de Pagamentos Brasileiro desenvolvido pelo Banco Central é um bom exemplo desta mudança nos sistemas de pagamentos. As diversas formas da moeda eletrônica são: cartões de débito que permitem a transferência eletrônica de fundos; cartões de valor acumulado que contêm uma quantia fixa de dinheiro digital; dinheiro eletrônico que permite comprar bens e serviços na rede mundial de computadores; e cheques eletrônicos que permitem aos usuários da rede mundial de computadores pagar suas contas diretamente pela Internet. Finalmente a tendência global para a moeda é a sua substituição por um produto virtual e eletrônico. Outra tendência é a unificação das moedas de diversos países em função da criação de blocos econômicos. Como a maioria das propostas de mudanças, estas também sofrem resistência dos sistemas instalados. Os motivos são: custo de se montar e manter a rede de computador, leitora de cartão e de telecomunicações; mercado demanda recibo; perda dos dias de circulação do cheque antes de ser descontado; e a segurança e privacidade dos usuários. |
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