Vn
são variáveis (n = 1 a 11)
Imagine que você possua um problema X (passo 1)
Você
deve identificar as causas desse problema (passo 2)
V3 e V4 influenciam diretamente o problema, sendo que V3 também
causa modificação em V4.
V3 é alterado por V1 e V4 é alterado por V2.
V1 também altera V2.
Por enquanto apenas apresentamos as causas do problema: um conjunto de
variáveis relacionados numa seqüência de causa e efeito
que modificam o problema.
O passo 3 é identificar as conseqüências que meu problema
causa na realidade investigada.
X influencia diretamente V5, V6 e V7. V5 influencia 3 variáveis:
V8, V9 e V10. V7 influencia V11.
Tudo que foi demonstrado nesses passos caracteriza um sistema cartesiano,
de simples causa e efeito entre variáveis. Existem variáveis
encadeadas que produzem um determinado resultado.
O passo 4 é característico da Dinâmica de Sistemas.
Suponha que a variável V8 (conseqüência do meu problema)
altere a variável V3 (causa do meu problema). Nesse momento configura-se
um ciclo de retroalimentação, isto é, a variável
V3 que modifica o problema, causa modificação em V5 e V8
e V8 modifica V3, intrinsecamente ligadas em um loop.
É um ciclo de retroalimentação: V3: X-V5-V8-V3
Outros ciclos de retroalimentação:
V3: V4-X-V5-V8-V3
V4: X-V7-V11-V4
V4: X-V5-V8-V3-V4
Finalizado o modelo, obtemos a classificação de variáveis
deste sistema:
Variáveis exógenas – àquelas que causam modificação,
mas não são modificadas por outras variáveis (V1).
Variáveis endógenas lineares – são modificadas
por outras variáveis, porém não participam de ciclos
de retroalimentação (V2, V9, V10, V6).
Variáveis endógenas cíclicas – participam dos
loops (ciclos de retroalimentação).
Variáveis excluídas – estão presentes na realidade
investigada, mas não participam do modelo devido a dificuldade
de determinar relacionamentos com as variáveis do sistema.
Esse trabalho pode ser facilitado se o modelador já tem uma idéia
de como será essa estrutura. Um dos problemas dessa técnica
é que as pessoas não estão acostumadas com as estruturas
de feedback. Em conseqüência, pode acontecer de o modelador
tomar a liderança do processo e induzir uma estrutura que não
é real, pois os clientes não terão participado e
concordarão por serem capazes de compreender o que está
sendo realizado. A participação do facilitador, nesse caso,
é fundamental. Ele deve interagir com o grupo de maneira que eles
compreendam aos poucos e naturalmente essas estruturas de controle do
sistema e ganhem confiança em seu trabalho.
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