Resumo

Chopra e Meindl, autores da obra Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, definem: “o planejamento agregado é o processo pelo qual a empresa determina os níveis de capacidade, produção, subcontratação, estoque, esgotamento de estoque e até precificação, sobre um horizonte de tempo específico”. Isso é necessário, pois em nosso mundo atual, a capacidade de produção, armazenagem, transporte etc. possuem custos a serem administrados.

Empresas eficazes tomam suas decisões acerca dos níveis de capacidade de fabricação antecipando-se à demanda e sabendo como atendê-la ao menor custo, de modo a maximizar lucros. Um sério problema enfrentado é a sazonalidade da demanda. Ou seja, para determinados produtos, a demanda oscila durante períodos do ano, o que torna complexo e ao mesmo tempo necessário, o planejamento da produção.

Os principais parâmetros operacionais com que os planejadores lidam ao longo de um horizonte de tempo específico são: taxa de produção, mão-de-obra, horas extras, nível de capacidade das máquinas, subcontratação, pedidos em atraso.

O plano agregado deve atender à demanda de modo a maximizar os lucros, especificando um tempo futuro denominado horizonte de planejamento, o qual deve ser particionado em unidades de tempo (semanas, meses ou trimestres).

As decisões tomadas pela empresa quanto ao planejamento agregado serão: quantidade de produção a partir de carga horária normal, horas extras e horas de subcontratação (determina o número de funcionários e os níveis de compra dos fornecedores), estoque mantido (determina a quantidade de espaço no depósito e o capital de giro necessário), quantidade de pedidos em atraso/esgotamento de estoque (determina os níveis de serviço do cliente), mão-de-obra contratada/demitida (determina possíveis questões trabalhistas), aumento/redução da capacidade de máquina (determina a necessidade de novos equipamentos).

As estratégias do Planejamento Agregado consistem em manipular os custos de capacidade, estoque e pedidos em atraso. Um planejamento agregado que reduza um desses custos normalmente acarreta o aumento dos outros dois. O objetivo do planejador é chegar a uma combinação mais lucrativa. A essência do trade-off é a renúncia a atividades, produtos, serviços ou áreas de atuação em benefício de outras. A escolha em atuar de um modo e não de outro tornam claras as prioridades da organização pelos gerentes. Os trade-offs fundamentais ao planejador acontecem entre os itens: capacidade (período normal de trabalho, horas-extras, subcontratação); estoque; pedidos em atraso/vendas perdidas.

Existem três estratégias de planejamento agregado envolvendo trade-offs:
Estratégia de acompanhamento – a capacidade como alavanca: taxa de produção sincronizada com a demanda. Estratégia de flexibilidade de tempo da mão-de-obra ou da capacidade – a utilização como alavanca: mão-de-obra estável, número de horas trabalhadas variando com o tempo, produção em sincronia com a demanda. Estratégia de nível – o estoque como alavanca: capacidade das máquinas e mão-de-obra estáveis a uma taxa constante de produção.



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