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- Integração Vimos
que, no sistema logístico, as empresas devem promover a integração
dos seus componentes de entrada e de saída, a fim de oferecer o
melhor nível de rentabilidade e de atendimento ao cliente. Essa
façanha não é tão fácil assim, o sistema
logístico tem que superar muitas pressões para integrar
suas atividades. Dependendo de como os fatores externos afetam as empresas
envolvidas, o processo de integração assume diferentes configurações.
As empresas devem definir métodos específicos de gestão
e organização com vista à integração.
Dornier et al. (2000), divide essa integração em três
tipos: geográfica, funcional e setorial. A figura abaixo mostra
que esses três tipos de integração, juntos, formam
o que se chama de logística e operações globais.

- Integração
geográfica: é um tipo de integração que
é diretamente afetada pela globalização. As barreiras
geográficas já perderam sua importância tornando
a implementação de fabricação, compras e
vendas globais, uma realidade. É possível uma empresa
fabricar ou comprar em um país, entregar para a montagem final
em um outro país e ainda vender o produto em um terceiro. Na
Europa, a integração geográfica vem ocorrendo desde
1993. Os maiores colaboradores para essa integração, sem
dúvida alguma, são os excelentes meios de transporte e
serviços de entrega expressa como a famosa Federal Express, além
das tecnologias de processamento e comunicação de dados.
- Integração
funcional: esse tipo de integração diz respeito ao funcionamento
do sistema de fluxo logístico. A integração das
atividades logísticas com outras atividades, como pesquisa, desenvolvimento
e marketing, por exemplo, promove considerável melhoria na gestão
do fluxo. Essa integração funcional permite que haja troca
de informações e de conhecimento. Por exemplo, o departamento
de logística pode influenciar em decisões importantes
no departamento de produção, recomendando alterações
que possam agregar valor logístico ao produto.
- Integração
setorial: é a cooperação além fronteira,
ou seja, é uma integração que trabalha em sinergia
para otimizar todo o sistema logístico. Na verdade, neste tipo
de integração temos a aplicação, de um modo
mais concreto, do termo “integração”, pois
para que o sistema seja otimizado, todos os atores logísticos
– fornecedores, fabricantes, distribuidores e clientes –
têm que realmente serem e agirem como “parceiros”.
Para o produtor, vender o produto para um distribuidor não é
seu único objetivo. Ele vê o distribuidor como um canal
para alcançar seu principal alvo – o consumidor final –
e ambas as partes (produtor e fornecedor) se “integram”
para atender as necessidades e desejos desses consumidores da melhor
forma possível. O ECR
– Efficient Consumer Response, é um bom exemplo desse
tipo de integração. O principal objetivo do ECR é
racionalizar a cadeia de distribuição física, a
fim de aumentar o valor aos clientes ou consumidores finais como exemplificado
na figura a seguir.

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