| Uma das
tendências típicas dos tempos atuais é a Logística
do varejo virtual, onde se espera a integração do
computador doméstico com a televisão. Numa propaganda, apresentada
na televisão, o cliente tem seus desejos de consumidor aguçados
e pode, on-line, satisfazê-los. O cliente faz o pedido diretamente
na rede e paga com cartão de crédito ou algum outro tipo de
moeda digital. Embora essa transação comercial já seja
feita na Internet, a interligação – televisão/computador
doméstico – se apresenta ainda, como possível, para
um futuro bem próximo, mesmo porque já se tem conhecimento
que muitas empresas estão de olho nessa promissora fatia do mercado
(caso da Microsoft que está apostando e investindo no desenvolvimento
de projetos nesse sentido).
As principais características do comércio eletrônico,
via Internet, que o diferencia do comércio tradicional são
• comunicação:
os serviços de comunicação dão suporte às
trocas de informação entre os compradores e os vendedores,
• dados: que permitem passar informações
de diversos tipos aos clientes e
• segurança: apesar de ainda existir informações
que são violadas eletronicamente por terceiros, os mecanismos
existentes hoje na Internet autenticam a fonte de informação
e garantem a integridade e a privacidade na troca de informações.
É o caso, quando se realiza o comércio eletrônico
por meio de EDI (Electronic Data Interchange), usando as redes EDI que,
na sua maioria, são privadas e restritas as empresas participantes
da transação. Na Internet, os dois tipos principais de
comércio eletrônico são:
- E-commerce
B2B (business-to-business), esse tipo de transação
eletrônica é caracterizado por ter pessoas jurídicas
nas duas extremidades do processo, ou seja, a comercialização
ocorre entre empresas-fornecedoras e empresas-clientes. No entanto,
nas grandes corporações, são também comuns
as transações eletrônicas entre setores ou divisões
da mesma empresa. Por exemplo, um departamento pode requisitar, por
via eletrônica interna (Intranet), um determinado componente
do almoxarifado ou até mesmo um serviço de reparo. As
empresas-clientes podem obter informações com os fornecedores
e adquirir os produtos ou serviços, se assim o desejarem; enquanto
as empresas-fornecedoras desenvolvem sites na Internet para atendê-las.
O comércio
eletrônico do tipo B2B apresenta muitos desafios e em termos
financeiros, é bastante competitivo. O valor projetado dos
produtos ou serviços realizados por meio do B2B é
de 1.272 bilhões de dólares e apontam uma taxa média
de expansão de 102% ao ano, no período de quatro anos:
2000 a 2004 (Durlacher, 2000 in Novaes, 2001).
- E-commerce
B2C (business-to-consumer), esse tipo de transação
eletrônica é caracterizado por sua alta volatilidade
e por ter na outra ponta da comercialização, pessoa
física, que a partir de um computador pessoal, realiza suas
buscas e adquire um produto ou serviço por meio da Internet.
As transações mundiais do B2C totalizam uma receita
estimada de 59 bilhões de dólares no ano de 2000 (Novaes,
2001). A América Latina é um dos mercados potenciais
mais promissores para o comércio eletrônico do tipo B2C,
onde o Brasil projeta cerca de 5,7 milhões de internautas para
2003 (Novaes, 2001). A Folha de São Paulo, datada de 4 de agosto
de 1999, divulgou um estudo que apontou um volume aproximado de 77
milhões de dólares para o comércio eletrônico
no Brasil. Segundo Uehara (2001 – COPPEAD), o e-commerce
B2C (business-to-consumer), é um poderoso canal do varejo que
cresceu cerca de 60% entre os anos de 1999 e 2000, no Brasil.
|