No entanto, a realidade é outra: as previsões não são tão certas e a distribuição (transporte) não ocorre tão rapidamente. Como resultado, temos que nos amoldar à realidade e compensar os custos de estocagem (ou armazenagem) com custos de transporte (por meio do embarque de quantidades maiores e mais econômicas) e de produção-compra (por meio da produção de lotes econômicos em tamanho e em seqüência). A solução, segundo Ballou (2001), é usar apenas armazenagem suficiente de forma que um bom equilíbrio econômico, entre os custos de transporte, armazenagem e produção possa ser alcançado. E aí está a chave do bom desempenho de toda a cadeia de suprimentos.

Ballou (2001; 1993) cita as seguintes razões para manter estoques:

Coordenação da oferta e da demanda - É uma tarefa por demais difícil, sobretudo em se tratando de empresas com produção altamente sazonal e com demanda razoavelmente constante. É o caso de indústrias de enlatados de legumes e frutas que são forçadas a acumular a produção para suprir o mercado durante o período de entressafra. Conclusão: a estocagem é essencial quando não se consegue coordenar a oferta e a demanda, com precisão, a um baixo a médio custo.

Redução de custos de transporte e de produção - Dependendo de como esta sendo conduzida à logística de suprimento da empresa, é possível que haja uma redução até considerável nos custos de transporte e de produção dessa empresa, mesmo com o aumento do custo de armazenagem, como por exemplo, implantando armazéns de distribuição em vários locais mais próximos à produção e à demanda, principalmente quando se pode enviar quantidades de carga completa de materiais ou produtos estocados nesses armazéns. Conclusão: a necessidade de manter estoques em várias localidades regionais, dependendo da política de atendimento implantada pela empresa, pode gerar redução nos custos de transporte e de produção.

Auxiliar no processo de produção - A manutenção de estoque pode ser parte integrante no processo de produção de alguns produtos, como queijos e vinhos que quanto mais tempo estocados, maior o seu valor. Conclusão: a estocagem, para alguns produtos, é parte integrante no seu processo de fabricação, podendo, em alguns casos, postergar o pagamento de impostos sobre o produto até que ele esteja pronto para ser comercializado.



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