Estados
Unidos – A cultura dos Estados Unidos enfoca a competição,
em que a cultura do individualismo é predominante. É
o incentivo ao “ser vencedor”, por meio de recompensas
(reforço
positivo) ao comportamento de sucesso e de punição
ao “mal-sucedido”.
Na Inglaterra há separações antagônicas
no ambiente de trabalho devido a gerações de mudança
social e conflitos de classe, parecendo que dose alguma de técnica
administrativa consegue vencer. Em geral, o trabalhador das fábricas
britânicas opõe-se a um sistema percebido como seu explorador
e de seus antecessores. Porém, a ética protestante do
trabalho ainda influencia as relações de trabalho, tornando-as
paternalistas e condescendentes, indicando que o contexto cultural
parece decisivo.
O reforço positivo não é prática
exclusiva das organizações americanas. Muitas corporações
japonesas, britânicas, francesas e outras, se utilizam da relação
motivação-desempenho do trabalhador. Ocorre que os Estados
Unidos destacam-se pela ênfase na realização da
recompensa direta pelo comportamento correto, fazendo desse entendimento
e procedimento aspectos importantes da cultura e da vida corporativa.
Quase sempre, os trabalhadores comprometem-se,
por toda a vida, com as suas organizações, pois elas são
tidas como extensão da própria família. A hierarquia
é tida menos como um controle de cima para baixo e mais como um
sistema de auxílio mútuo. O foco é a realização
coletiva, em detrimento do sucesso individual. Trabalhadores descontentes
com o fardo da vida na fábrica não obtêm muita atenção.
Morgan
(2002:143) faz um alerta importantíssimo, que
merece a nossa reflexão:
Muitas discussões sobre a administração
japonesa tendem a ignorar as circunstâncias histórico-culturais
que permitem que a administração japonesa tenha
o sucesso que tem.
Existe uma tendência a subestimar a facilidade com que as
técnicas e políticas podem ser transplantadas de
um contexto para o outro, pois é o contexto que muitas
vezes faz a diferença entre sucesso e fracasso (...) A
questão é que a cultura – seja japonesa, árabe,
britânica, canadense, francesa ou americana – determina
o caráter da organização.