• Investigando as distinções culturais – Observar a dinâmica do dia a dia de um grupo ou da organização a qual pertencemos, como se fôssemos “de fora”, uma perspectiva antropológica, é uma das mais fáceis maneiras de analisar a natureza da cultura e subcultura corporativa porque evidencia, gradativamente, as características da cultura conforme a pessoa vai compreendendo os estilos de interação entre indivíduos, a linguagem que usam, os assuntos e as representações que surgem nas conversas, os vários tipos de rituais diários.

Vejamos exemplos da importância da cultura organizacional encontrados nos estudos de Linda Smircich; na experiência da Hewlett-Packard (HP); e no tipo de liderança de Harold Geneem.

O estudo de Linda Smircich analisa um grupo de altos executivos de uma empresa americana de seguro. A partir de observações do cotidiano, identificou uma forte ênfase em valores corporativos que na verdade resultavam em posturas desinteressadas e informais, contrastando com o “ethos” de harmonia e cooperação que a direção afirmava existir. Tal forma de “cultura organizacional” resultava em uma “fuga” ao enfrentamento dos problemas, por meio de comportamentos e posturas rituais pré-estabelecidas.

Com base neste exemplo pode-se pensar nas seguintes conclusões:

  • o presente pode ser fortemente influenciado pelas tensões e pelos conflitos entre grupos externos e internos (circunstâncias históricas);
  • tanto a cultura corporativa, o organograma formal como os códigos de conduta são a base da essência de uma organização.

Neste exemplo, percebermos como a cultura corporativa pode ter sido o fator isolado mais importante de separação entre o fracasso e o sucesso.



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