10. Controle de contra-organização - Uma outra variante da organização informal surge em situações em que um membro de uma organização desenvolve uma dependência psicológica ou emocional em relação a um agente externo à organização. Por exemplo, quando líderes levam em consideração “opiniões” dos cônjuges, amantes, secretárias ou assistentes de confiança, ou até de indivíduos carismáticos (conforme alertava Max Weber), surge um padrão de inconstância no poder decisório que precisa ser identificado pelo administrador.

Ao lado destes “desvios” da organização informal também encontramos o fenômeno das “contra-organizações”, ou seja, a formação de um movimento sistemático de ações de um grupo que coordena estratégias para criar um bloco de poder rival àquele estabelecido.

Quando nos tornarmos membros ou trabalhadores de uma associação de consumidores, movimentos sociais, um sindicato ou de qualquer grupo de pressão, poderemos desenvolver formas para equilibrar as relações de poder, pois essa é uma estratégia para contrabalançar o poder por meio de pessoas que não são membros da organização.

Entretanto, é preciso notar que tal estratégia de “contra-organização” só será efetiva se percebida como legítima pelos demais membros da organização, diante de alguma forma de insatisfação ou de alguma “brecha” encontrada na estrutura de poder político estabelecido. Tal fenômeno, enfim, serve de “alerta” aos administradores de que os sistemas políticos são altamente dinâmicos e trazem consigo um elevado grau de incerteza, que precisa ser constantemente trabalhado.


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