Resumo

A partir do mito da caverna, vimos o quanto podemos forjar nossas próprias prisões pela nossa forma de pensar e acreditar. Além disso, explorar outros caminhos pode causar sofrimento, mas também pode trazer novas formas de entendimento.

O modo de “pensar aprovado”, como uma forma de consenso cristalizado, pode nos cegar para outros movimentos que surgem no ambiente organizacional.

A teoria psicanalítica nos oferece uma ótica importante não considerada pelas tradicionais teorias organizacionais: o que está aparente é apenas uma pequena amostra do que está subjacente no inconsciente. Pela visão de Freud, a sexualidade reprimida, com origem no nascimento e na infância, se reflete na forma de atuar na organização.

Críticos de Freud argumentam que a sexualidade pode ser fonte de inspiração organizacional, mas que, na verdade, as concepções masculinas do modelo familiar patriarcal predominam nas corporações, gerando preconceito contra os valores femininos, que desembocam, muitas vezes, em batalhas internas entre homens e mulheres.

Também aprendemos que a nossa mortalidade se espelha na dinâmica organizacional, seja por ações que buscam nos perpetuar seja por atitudes que demonstram um controle de situações que realmente não temos.

Formas de mecanismos de defesa são comuns, nas organizações, diante dos receios inconscientes que trazemos. Estudamos dois tipos de mecanismos de defesa:

• os grupais pelas concepções de Bion, em momentos de ansiedade, há uma tendência grupal por se defender por meio da dependência de uma liderança ou pelo emparelhamento ou pela luta-fuga;

• entre as próprias organizações – defesas sociais frente a situações de ansiedade que geram desempenhos e defesas paranóicas. Assim, as organizações, entre si, formulam estratégias de combate, domínio e até mesmo de punição.

Também há uma relação entre o inconsciente e a cultura e subcultura organizacional visto existirem significados submersos de preocupações comuns a vários integrantes da corporação.



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