A mudança emergente consiste no surgimento de novos padrões diante da necessidade de ajustes às contingências locais quando não se tem um programa pré-estabelecido.


A mudança emergente “... é um novo padrão de organização na ausência de intenções a priori.” (ORLINOWSKI, 1996)

Weick e Quinn (1999) consideram que a mudança acontece a todo tempo o tempo todo, significando que ela é um estado natural das coisas, havendo ou não planejamento ou intencionalidade.

Os processos emergentes são complexos, de caráter imprevisível, difíceis de serem controlados pela gestão, sensível às particularidades locais e contextuais, e não decorrentes de planos abstratos idealizados por uma elite pensante. A mudança emergente acontece como reação a mudanças inesperadas.


Sendo respostas a problemas locais, proporcionam feedback mais imediato aos envolvidos, possibilitando, dentre outras coisas, um processo mais natural de aprendizagem.

Porém, a mudança emergente apresenta desvantagens em relação à planejada e levam os dirigentes corporativos a compreendê-la como um aspecto menor, quase invisível da vida organizacional.

Geralmente, as organizações preferem a mudança planejada, deixando “de lado” a mudança emergente. Isso porque a mudança planejada, por ser controlada e gerida, normalmente corresponde aos desejos dos líderes de topo. Já a mudança emergente, ao contrário da mudança planejada, é resultado das interações no sistema e não da vontade de quem gere.



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