Resumo

Neste módulo tivemos um foco inicial na discussão entre aceitar as teorias organizacionais como algo a ser utilizado universalmente, a partir da consideração de que a moderna Administração, principalmente com a globalização, extrapola a restrição das fronteiras nacionais.

Porém, também considerando o debate brasileiro sobre a importância das peculiaridades nacionais, a validade universal foi estudada.

Sobre as dimensões global/local, vimos que existem ações e idéias mundializadas que podem servir ao mundo organizacional, apesar das diversidades culturais; mas também tais ações e idéias são filtradas, refiltradas e temperadas pela sociedade e pelas organizações, adequando às especificidades regionais.

Defensores da idéia de que as economias em desenvolvimento adotariam instituições e políticas industriais similares às dos países desenvolvidos desconsideram que não podemos saber com exatidão a velocidade de amadurecimento dessas instituições e nem mesmo que desse amadurecimento surgira uma estrutura organizacional similar à dos países desenvolvidos.

Alguns estudos tentam explicar e mostrar as relações entre a cultura nacional e as organizações locais e desenvolver uma teoria organizacional brasileira, mas ainda são poucos em número reduzido.

A sociedade brasileira apresenta traços culturais marcantes: nossas raízes miscigenadas; a preferência de relações sociais decorrentes de uma orientação da família-paternalista; o “jeitinho brasileiro”; o formalismo; a hierarquização; o hibridismo – composto pela heterogeneidade e convivência entre moderno e arcaico – e a receptividade ao estrangeirismo.

Rejeitar possibilidades apenas porque são de outros países é uma posição xenofóbica e sem sentido. Muitas coisas apresentam propriedades em comum que podem ser aproveitadas. Porém, ainda que possamos nos apropriar de idéias, de forma universal, é necessário compreendermos os traços essenciais da cultura local e do contexto mais amplo brasileiro.



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