Resumo

Neste módulo final, vimos o quanto a prática das funções gerenciais são fragmentadas e intermitentes. Os gestores não têm tempo para estudos e os textos disponíveis nem sempre colaboram com suas atuações. Além disso, a função gerencial é dual e sua definição ambígua, e ainda estamos aprendendo a avaliá-la.

Pesquisas sobre as funções gerenciais têm revelado que, contrariamente à visão tradicional, os dirigentes lidam com uma carga inesperada de tarefas imprevistas, com reuniões, interrupções e trabalhos administrativos intensos e de natureza variável; desconcentram-se das suas ações devido a inúmeros chamados; tomam decisões e buscam soluções com base em informações parciais; aproximam-se dos problemas conforme estes vão surgindo; são pressionados por demandas urgentes; e dedicam-se intensamente à função, preocupando-se com ela fora dos horários de jornada de trabalho.

Os dirigentes precisam preparar-se para não serem surpreendidos pela existência de fatores não-controláveis. É possível a aprendizagem da gestão porque existem comportamentos e habilidades gerenciais comuns entre os dirigentes que podem ser aproveitadas.

A formação do gestor deve compreender o aspecto racional e técnico da gerência e aprender a lidar com a imprevisibilidade e a interação humana. O aprendizado gerencial envolve conhecimentos sistematizados pela teoria e incorpora experiências práticas individuais.

Esse aprendizado apresenta quatro dimensões básicas: 1) cognitiva; 2) analítica; 3) comportamental; e 4) habilidade de ação. O objetivo principal é fortalecer a capacidade de ação dos dirigentes.

As atuais competências gerenciais referem-se ao entendimento de que nem todas as situações se encaixam nas regras; uso de múltiplos fatores para examinar o mesmo problema; capacidade de diferenciação; ser flexível na definição de objetivos e na diversificação dos métodos de trabalho; lidar com as irracionalidades inerentes à organização complexa; deter competências políticas e exercer liderança.

O gestor, no contexto da mudança, precisa entender o que mudar, por que mudar e as conseqüências das mudanças propostas. Sem essa compreensão ele não visualizará a relevância do seu papel para a melhoria da qualidade de vida de seu ambiente de trabalho e para propor soluções que afligem a organização.



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