Na técnica “criteriosa”, o financiamento externo necessário constitui-se no valor necessário para o fechamento das contas. Esse valor expressa o levantamento por meio de empréstimo de curto e/ou de longo prazo junto a bancos ou, quem sabe, pela emissão de títulos de dívida de curto e/ou de longo prazo; ou ainda, pela emissão de novas ações, que a empresa deverá obter junto ao mercado financeiro, local e/ou no resto do mundo.

Na hipótese de o valor do financiamento externo necessário ser negativo, tem-se a indicação de excesso de recursos e, nesse caso, os recursos podem ser destinados ao pagamento de empréstimos, recompra de ações ou pagamento de dividendos.

É evidente que as técnicas adotadas para a projeção, tanto do DRE pro forma quando do Balanço Patrimonial, não são 100% perfeitas. Existem limitações. Em ambientes muito turbulentos, em termos econômicos evidentemente, os dados passados da empresa perdem muito da sua consistência como fator de previsão futura.

Também é importante observar: as previsões de caixa, contas a receber, estoques e captação de recursos tanto de empréstimos como de emissão de novas ações, em ambientes em que o crédito é escasso e caro, assim como os mercados de capitais pouco desenvolvidos, tornam-se difíceis de se concretizarem.

Entretanto, tais incertezas não são justificativas para que não se opere o planejamento financeiro tanto de curto quanto de longo prazo. A hipótese de uma empresa de grande porte operar sem planejamento é muito remota. E mais: são raros os casos de empresas que planejam o fracasso, mas boa parte das empresas que fracassam falharam no planejamento.



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