Apesar de se privilegiar a avaliação de fluxo de caixa descontado em salas de aula e na teoria, há evidência de que a maioria dos ativos é avaliada em bases relativas. Por exemplo, é comum analistas serem convocados a defender as premissas das suas avaliações perante superiores, colegas e clientes. As avaliações de fluxo de caixa descontado, com as suas longas listas de premissas explícitas, são muito mais difíceis de defender do que as relativas, nas quais o valor utilizado por um múltiplo geralmente resulta daquilo que o mercado está pagando por empresas similares.

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1 - Convergência entre os métodos

Segundo Damodaran (2007) na avaliação de fluxo de caixa descontado, o objetivo é identificar o valor de um ativo considerando-se o seu fluxo de caixa, a taxa de crescimento e características de risco. Na avaliação por múltiplos ou avaliação relativa, o objetivo é avaliar um ativo com base na forma como ativos similares são precificados corretamente pelo mercado.

Na avaliação de fluxo de caixa descontado, tentamos estimar o valor intrínseco (valor teórico) de um ativo com base na sua capacidade de gerar fluxos de caixa no futuro.

Na avaliação relativa, julgamos quanto vale um ativo, analisando o que o mercado está pagando por ativos similares. Se o mercado estiver, em média, correto na forma como precifica os ativos, a avaliação de fluxo de caixa descontado e a avaliação relativa (por múltiplos) devem convergir. Se, contudo, o mercado estiver sistematicamente superestimando ou subestimando um grupo de ativos ou um segmento inteiro, as avaliações de fluxo de caixa descontado podem divergir das avaliações por múltiplos.

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