A partir de meados do século XVIII, a chamada Revolução Industrial tem início na Grã-Bretanha, com a invenção de máquinas – equipamento de fiar e o tear mecânico – que produziam muito mais que o trabalho manual. Usamos essa expressão – Revolução Industrial – para nos referirmos a todas as mudanças sociais e econômicas advindas da industrialização – passagem da produção artesanal para tecnológica.

O artesanato era uma aptidão passada de uma geração a outra, sendo considerado um mistério e um sigilo. A tecnologia – originada da palavra grega techné (mistério de uma habilidade) + logia (sistematização) – até então não era considerada “conhecimento”: não possuía princípios gerais, sendo limitada a aplicações específicas.

Entre 1751 e 1772, Denis Diderot e Jean d’Alembert tentaram reunir em uma única obra – Encyclopédie – os conhecimentos de todas as profissões artesanais. A pretensão era reunir, de forma sistematizada todo conhecimento acumulado pela humanidade e disponibilizá-lo para o grande público. Assim, a aprendizagem que levava um longo tempo da vida dos aprendizes poderia tornar-se acessível a todos, e em menor tempo.

A revolução industrial permitiu um grande desenvolvimento tecnológico e drásticas mudanças socioeconômicas. Com o processo de migrações do campo para a cidade e o conseqüente crescimento da população urbana, as mais sérias conseqüências da industrialização foram sociais. Homens, mulheres e crianças trabalhavam nas novas fábricas, com baixos salários, formando uma nova classe, a operária. A jornada de trabalho nas primeiras décadas de industrialização era de 14 a 16 horas. O poder sai da aristocracia rural para a burguesia industrial.



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