A miséria e o desemprego produzidos pela industrialização na Inglaterra geraram conflitos sociais, desencadeando, entre outros, um movimento espontâneo de destruição das máquinas pelos operários, conhecido como ludismo. Os luditas (do inglês luddites) eram grupos de trabalhadores ingleses que, entre 1811 e 1816, rebelaram-se contra a industrialização e a tecnologia e destruíram máquinas têxteis, pois acreditavam que elas eram responsáveis pelo desemprego. O líder desse movimento era Ned Ludd (daí o nome ludismo). Para muitos, esse movimento representou uma técnica inicial de sindicalismo no período que precedeu a revolução industrial.

O objetivo maior do capitalismo sempre foi o lucro. Nesta primeira fase o baixo custo, como mão-de-obra e matéria prima, favorecia a empresa direcionar seus esforços para a eficiência produtiva. Com o incremento dos investimentos nos transportes (navios e locomotivas a vapor) e nas comunicações (telégrafos e serviço postal), a acumulação de riquezas era enorme. As classes ricas acumulavam renda tão rapidamente que excediam a possibilidade de gastos e investimentos. Como afirma Eric Hobsbawn, uma moderna sociedade de bem-estar ou socialista teria distribuído esses vastos lucros. Mas isto não era plausível.



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