Uma médica
do hospital público é também professora numa
Universidade. Ela tem sido incansável e impecável com
seu trabalho. A procura de clientes é enorme e a sua experiência
profissional é reconhecida por seus pares, que sempre recorrem
à sua ajuda em caso de dúvida. No momento, está
negociando uma parceria entre o hospital e a Universidade para a prevenção
de doenças infecto-contagiosas da infância junto à
população atendida pelo hospital em que trabalha. Como
tem acompanhado o trabalho da associação da comunidade
local e por ser do corpo docente da Universidade e conhecer diversos
departamentos naquela instituição a parceria está
quase fechada, o que poderá trazer resultados positivos significativos
na epidemiologia local.
Podemos
afirmar que a médica em questão é muito qualificada
ou uma boa médica. Mas, na linguagem de hoje, seria mais comum
dizermos que ela é “competente”, não é?
Se
acompanharmos a definição de SVEIBY, podemos identificar
em nossa médica os cinco elementos descritos pelo autor. Ela
possui conhecimentos adquiridos em sua educação formal,
na faculdade, por exemplo; possui experiência profissional,
tanto que seus pares a reconhecem; possui um sistema de valores que
consideram importante, uma visão mais sistêmica do contexto
em que atua, levando-a a tomar a iniciativa de uma parceria entre
as duas instituições em que trabalha.Fica claro, também,
que o fato de sua rede social ser ampla tenha contribuído para
a sua atuação. Nessa linha de conceitos, caso se modificasse
o contexto de atuação da médica, perderia competência
por um tempo, até que pudesse fazer sua rede social novamente.
Por isso, dizemos que a competência é do indivíduo
e manifesta-se e é avaliada quando utilizada em situação
de trabalho.
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