Um novo perfil profissional é requerido tanto para dirigentes, quanto para gerentes e equipes de trabalho. Saímos da perspectiva da qualificação para a perspectiva da competência, da transmissão de informações para criação de novos conhecimentos. Novas formas de pensar são exigidas, assim como atitudes como autonomia, empowerment e trabalhar bem em equipe etc.

De acordo com Helena Hirata, socióloga brasileira que se dedica ao estudo das transformações no mundo do trabalho, a noção de competência é apresentada cada vez mais como uma alternativa ao conceito de qualificação, tanto nas empresas como em diversos estudos sociológicos (HIRATA, 1997).

Há divergências entre os autores quanto ao significado do termo qualificação, uma vez que os teóricos utilizam diferentes critérios na sua avaliação, podendo, por exemplo, relacionar-se tanto com o tipo de conhecimento que os trabalhadores devem deter (incluindo a formação escolar, o saber tácito e a capacidade de abstração), quanto o tipo de conduta dos mesmos, envolvendo responsabilidade, participação, capacidade de trabalhar em equipe etc. (PEDROSA, 1995).


Para HIRATA (1997), a qualificação é um conceito multidimensional relacionado tanto com o emprego e o posto de trabalho, quanto com o indivíduo. De acordo com a autora, o enfoque da competência concentra-se mais sobre a pessoa do que sobre o posto de trabalho, remetendo, sem mediações, a um sujeito. Esse enfoque “possibilita associar as qualidades requeridas do indivíduo e as formas de cooperação intersubjetivas características dos novos modelos produtivos” (p.30).



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