1 - Organização das cooperativas

Durante algum tempo, os estudiosos do cooperativismo pensaram que o êxito das organizações cooperativas dependia da existência de um ambiente institucional adequado em que as ações de cooperação pudessem se desenvolver sem maiores resistências.

A referida arquitetura institucional seria construída a partir da integração econômica de cooperativas de sucessivos graus até que a competição entre as firmas não mais existisse.

Assim, haveria a necessidade de desenvolver via alternativa aos sistemas econômicos dominados, respectivamente, pelo capitalismo e socialismo.

Nesse sentido, esforços foram empreendidos com vistas a desenvolver teoria cooperativista para fundamentar o funcionamento orgânico da pretendida democracia cooperativa, ou seja, sistema econômico baseado predominante na cooperação.

A partir dos anos 1950, ante a constatação de inviabilidade de superação do sistema econômico capitalista, passou-se a trabalhar com a hipótese de que as estruturas econômicas existentes poderiam ser compatíveis com as práticas do cooperativismo.

Assim, os modelos gerais devolvidos pela teoria econômica neoclássica poderiam explicar o funcionamento das cooperativas, observadas as especificidades próprias das cooperativas quanto ao controle administrativo da sociedade pelos associados, finalidade de prestação de serviço ao cooperado e repartição dos resultados econômicos segundo a participação nas operações cooperativas.

Feitas essas considerações, examinaremos o posicionamento de organizações cooperativas frente aos principais tipos de estrutura de mercado.



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