2 - Função de utilidade da organização

O objetivo de uma organização cooperativa é maximizar a riqueza dos proprietários da empresa (cooperados). Por conseguinte, o objetivo de todos os gerentes e empregados da cooperativa, também, deveria ser o mesmo. Nem sempre o interesse dos aludidos agentes converge para a mesma direção.

A riqueza dos proprietários de sociedades cooperativas é mensurada pelo valor de suas quotas-partes e pelos serviços prestados à unidade de produção associada.

Quando se considera cada alternativa de decisão financeira, em termos de seu impacto no valor das quotas-partes da cooperativa, administradores financeiros devem aceitar somente aquelas que aumentem o valor esperado da empresa.

Nesse sentido, é comum a utilização do valor econômico adicionado como medida para avaliar se um determinado investimento proposto ou existente contribui positivamente para a riqueza dos proprietários.

O valor econômico adicionado é calculado mediante a subtração do custo dos recursos utilizados para financiar um investimento de seus resultados operacionais após tributação.

Para alcançar a finalidade de adicionar valor ao negócio, o gerente financeiro deveria escolher alternativas de investimentos capazes de gerar retorno econômico positivo, considerado o custo de oportunidade de capital.

Embora a maximização da riqueza dos cooperados constitua o objetivo principal, a cooperativa poderá ter outros objetivos subordinados que atendam às expectativas de empregados, clientes, fornecedores e credores.

A literatura trata genericamente esses grupos por stakeholders.

A atitude de buscar múltiplos objetivos não prejudica o propósito de maximização da riqueza do acionista. Referida conduta é considerada parte da ”responsabilidade social” da empresa.

Espera-se que a empresa forneça benefícios em longo prazo para os cooperados por intermédio de relações amistosas com os stakeholders, ou seja, o propósito não é satisfazer o bem-estar do stakeholder, mas preservá-lo.



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