11 - Japão A história das atividades de Inteligência Competitiva no Japão tem ligações com a recuperação econômica e a reconstrução do país após a 2a. Guerra Mundial. O Japão é exemplar no uso de Inteligência Competitiva para desenvolvimento econômico. O Japão hoje produz cerca de 30 % dos automóveis, aço e navios do mundo, 60 % dos chips de computadores e gera 18 % do Produto Interno Bruto mundial. Há muitas teorias sobre o "milagre japonês", e a consciência da importância da Inteligência Competitiva nas ações estratégicas das empresas e do governo japonês é parte importante dessa evolução. Informação é vista como um recurso fundamental para a administração pública e privada. A coleta de informações é culturalmente aceita no Japão como parte natural do processo de gestão e um complemento ao processo de melhoria contínua (kaizen). Há toda uma estrutura econômica própria japonesa, de conglomerados formados por empresas diversificadas pertencendo ao mesmo grupo familiar (zaibatsu), que dá características particulares à coleta, análise e divulgação de informações entre empresas no Japão. Misubishi, Mitsui, Sumitomo e Yasuda são exemplos de conglomerados que têm processos de Inteligência Competitiva amplamente difundidos. O auge das atividades dos zaibatsus foi durante a década de 30. Após a 2a. Guerra Mundial, por influência americana, os zaibatsus foram subdivididos, mas por questões culturais as equipes continuaram trabalhando juntas. Na década de 50 novas estruturas de negócios, chamadas "keiretzu" foram criadas. Um keiretzu é um grupo de empresas individuais que compartilham recursos materiais, financeiros e informações. Esses keiretzu têm em seu centro empresas específicas para coordenação de atividades (chamadas "sogo shosta"), as quais tem um papel fundamental no processo de Inteligência Competitiva.
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