Modismo
- Se o tempo decorrido entre a ideia e sua execução
é determinante para que ela, de fato, se consolide como oportunidade,
a rapidez na execução pode, muitas vezes, ser fatal para
o empreendimento. Embarcar em modismos pode trazer retornos rápidos
para os primeiros que se aventuram, mas não proporciona durabilidade
ao negócio.
As famosas “lojas de R$ 1,99”, que se multiplicaram Brasil
afora, são exemplo disso.
Faça um rápido exercício e tente lembrar
quantos desses empreendimentos existiam no seu bairro ou na
sua cidade há três anos. E hoje?
Baseados na taxa
de câmbio favorável às importações,
esses estabelecimentos basearam a rentabilidade apenas no aludido fator
e, quando ele deixou de existir, com a desvalorização
cambial ocorrida no início de 1999, sua única vantagem
competitiva se esvaiu e a maioria deles desapareceu.
Há
alguns anos, determinada fábrica de refrigerante promoveu a distribuição
de io-iôs, brinquedos infantis que estavam esquecidos.
Imediatamente os io-iôs voltaram à moda; podiam ser encontrados
em todas as lojas de brinquedos e mesmo no comércio de rua.
Muitos empreendedores poderiam identificar aí uma oportunidade
e rapidamente investir recursos para a fabricação de io-iôs.
A propósito, quantos io-iôs são vendidos hoje?
Como esses, há muitos outros casos notáveis de que podemos
lembrar. O fundamental, no entanto, é compreender que modismo
oferece oportunidades fugazes, que podem ser aproveitadas por quem está
estruturado em algum ramo correlato e com a clara noção
de tempo definido. Jamais um modismo pode embasar plano de negócio
em que o requisito da sustentabilidade em longo prazo seja levado em
conta.