A curva de demanda tem relação inversa entre a quantidade demandada do bem X (Qxd) e o seu preço (Px), o que determina a inclinação negativa da curva de demanda, devido ao efeito conjunto do aumento do preço de um bem e da queda da quantidade demandada.

O chamado efeito preço total subdivide-se em dois outros efeitos:

O efeito substituição: se um bem possui substituto – outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade –, quando seu preço aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto, reduzindo assim a demanda pela mercadoria mais cara.
O efeito renda: quando aumenta o preço de um bem, coeteris paribus, o consumidor perde poder aquisitivo (pois sua renda, como os demais fatores, está fixa) e a demanda por esse produto diminui. Quando o salário monetário não muda, esse salário, deduzido o aumento de preços ocorrido, foi reduzido em termos de poder de compra.

Cabe ressaltar as ineficiências associadas à tributação no que tange aos efeitos renda e substituição. O propósito de um imposto é obter receita para que o governo possa adquirir bens; ele representa uma transferência de poder de compra das famílias para o governo. Se o governo tem de obter mais receita, as famílias têm de consumir menos. Assim, qualquer imposto traz um efeito renda.

No entanto, além disso, os impostos com frequência distorcem a atividade econômica. A distorção causada pelos tributos está associada ao efeito substituição. Nesse caso, de forma muito sutil, são geradas as distorções mais sérias: se o efeito substituição é pequeno, a distorção é pequena; se é grande, a distorção também é grande. Reduzir o consumo de produtos que são contra os interesses da sociedade pode ser um fim legítimo da tributação. Mas o governo, na busca de receita, gera redução de consumo de bens e serviços, mesmo não sendo produtos ou serviços ruins (passagens aéreas, alimentos essenciais, ligações telefônicas etc.).



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