3 - Curvas de indiferença

Observa-se, com base na Lei de Benefícios Marginais Equiproporcionais, que o consumidor racional só trocaria bens e serviços que oferecessem a mesma utilidade marginal, dados os preços de mercado dos bens em análise (constantes), ou seja, existe uma relação estável entre as utilidades e preços para que o consumidor possa realizar sua escolha. Para facilitar a análise mais rigorosa das escolhas e das consequências da mudança de preços, os economistas desenvolveram um instrumento muito útil chamado curvas de indiferença.

Curvas de indiferença informam a combinação de bens em relação às quais o indivíduo é indiferente (daí o nome) ou que lhe proporcionam o mesmo nível de utilidade; às vezes, são chamadas Curvas de Utilidade. Podem ser usadas para gerar a curva de demanda, bem como para separar as mudanças no consumo devidas ao efeito-renda decorrente do efeito substituição.

As quantidades e as combinações dos bens X e Y estão dispostas pelo consumidor, de tal forma que ele não manifesta preferência por nenhuma delas; todas são igualmente desejáveis e qualquer das combinações é satisfatória. Apesar de indiferentes ao consumidor, a participação de X e Y em cada combinação é diferente; seu nível de satisfação não muda, apesar de seu patrimônio se modificar em termos de quantidades possuídas de cada um dos bens.

Quando colocadas em um gráfico, surgem as curvas de indiferença. Elas são como curvas de nível ou altitude em um mapa. Quanto mais altas as linhas, maiores os níveis de satisfação obtidos pelo consumidor. Ao mover-se descendentemente ao longo da curva de indiferença Ia, o consumidor está disposto a aceitar mais de X em troca de menos de Y. Contudo, se o consumidor conseguir obter a mesma quantidade de X e mais de Y, ou mesmo mais de ambos os bens, ele obviamente obteria mais satisfação; mas isso só ocorreria numa curva de indiferença mais afastada da origem ou mais alta (Ib ou Ic).




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